quarta-feira, 21 de março de 2012

Engenharia de Software II

Pessoal, veja o interessante texto sobre Reuso de Software publicado em 2007 no website http://www.newtonbragarosa.com.br.

REÚSO DE SOFTWARE GERA OTIMIZAÇÃO DOS RECURSOS


Patrícia KnebelOtimizar tempo e reduzir custos são as premissas que estão fazendo com que a estratégia de reutilização de software cresça no mundo e, aos poucos, ganhe força no Brasil. A lógica está em criar uma espécie de biblioteca com práticas e rotinas que possam ser repetidas em alguns estágios do desenvolvimento dos programas pelas fábricas de software e empresas em geral.
Para a professora da Faculdade de Informática da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (Pucrs) Ana Paula Terra Bacelo não é mais compatível com a realidade de hoje do mercado a prática de começar do zero todos os projetos. "As corporações precisam ter um processo de desenvolvimento que permita o reuso, a partir da criação de componentes genéricos e que possam ser usados em aplicações específicas", afirma.
A universidade irá sediar, em 2008, o Simpósio Brasileiro de Componentes, Arquiteturas e Reutilização de Software (SBCCARS), que este ano está sendo realizado na Universidade de Campinas (Unicamp). A edição deste ano termina na sexta-feira. "Com esse evento, queremos disseminar o conceito de reutilização de software e avançar o estado da arte sobre desenvolvimento de componentes", afirma a coordenadora-geral do simpósio, Cecília Mary Fischer Rubira. Além disso, a idéia é estimular o contato da indústria com as áreas de engenharia de software, na busca por aplicabilidades e soluções que funcionem na prática.
A especialista da Pucrs explica que, para que seja possível a concepção de modelos que sigam esse conceito, devem ser criadas estruturas fixas nas quais os colaboradores possam consultar as bibliotecas e adaptar os sistemas para cada projeto. Entre os softwares nos quais o reuso vem sendo aplicado estão os de gestão e também os mais específicos, como para a área médica.
Essa estratégia, entretanto, ainda não é uma realidade no mercado brasileiro. "A diminuição do trabalho e da qualidade dos produtos é grande, porém, ainda não existe uma política de uso no País", observa. O contrário acontece nos países mais desenvolvidos, nos quais as exigências na manutenção dos índices de qualidade e produtividade perseguem os gestores.
A Digital Assets atua na implantação, com o conceito de reutilização de software dentro das empresas. São usados produtos e serviços para ajudar as áreas internas de Tecnologia da Informação (TI), de clientes como Embraer e Bank Boston, a usar esses processos no dia-a-dia.
Kleber Bacili, diretor de tecnologia, diz que soluções contribuem para a criação de repositórios através dos quais as companhias podem catalogar os procedimentos, rotinas e ferramentas usadas. "Trabalhamos muito com empresas cujo foco não é o desenvolvimento de software e, por isso mesmo, precisam otimizar o tempo", relata.
O presidente da Associação Sul-rio-grandense de Apoio ao Desenvolvimento de Software (Softsul), José António Antonioni, acredita que o mercado deverá demandar mais esse tipo de solução nos próximos anos, principalmente as fábricas de software. "Ao ter componentes previamente construídos, testados e validados, as empresas têm um menor esforço de desenvolvimento e reduzem custos", constata.
Segundo ele, entretanto, ainda existem questões tecnológicas que impedem que o reuso de software seja adotado em larga escala. Se um sistema estiver sendo construído usando a linguagem de programação Java, é mais complexo fazer uma reutilização se a continuação for através da .net. "Não é algo tão trivial, mas que, quando pode ser feita, traz inúmeras vantagens para as empresas", relata Antonioni. Soluções que ajudem na interoperabilidade dos sistemas, como Service Oriented Architecture (SOA) conseguem atenuar essa dificuldade entre as interfaces.
Fonte: Jornal do Comércio

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